‘A prevenção é fundamental para diagnosticar e tratar doenças relacionadas à visão’
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Publicada em: 10/07/2021
Segundo o Dr. Hélio Paulo Primiano Júnior, oftalmologista da Unimed Araraquara, este é o principal recado a ser comunicado no Dia Mundial da Saúde Ocular (10/07)

Muitas doenças oculares não são perceptíveis em seus estágios iniciais, manifestando sinais e sintomas apenas em suas fases mais avançadas. Dentro deste cenário, a palavra prevenção torna-se fundamental para que seja realizado o diagnóstico precoce e haja sucesso na estratégia de tratamento, evitando um déficit visual, muitas vezes, permanente.
Segundo o Dr. Hélio Paulo Primiano Júnior, oftalmologista da Unimed Araraquara e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), não é incomum as pessoas procurarem o médico oftalmologista apenas quando começam a notar problemas na visão.
De acordo com a OMS, mais de 75% das patologias relacionadas poderiam ser evitadas ou curadas, caso fossem diagnosticadas antecipadamente. “A chave da saúde ocular, cujo dia é lembrado hoje, dia 10/07, está no cuidado de se precaver. E prevenir, nesse caso, é sinônimo de um acompanhamento desde o nascimento até a terceira idade”, comenta o médico.
Os exames oculares preventivos já começam no berçário, com o teste do olhinho e a avaliação de pacientes prematuros. Passam pela infância, onde se acompanha o desenvolvimento neurológico da visão que finaliza próximo dos 9 anos de idade. “Nesta fase, a visão borrada por falta de óculos e o estrabismo (olho desviado) devem ser diagnosticados para não se deixar déficits neurológicos permanentes na visão das crianças. Assim, é recomendável, minimamente, duas consultas oftalmológicas, entre os 4 e 9 anos de idade”, pontua o especialista.
Mais tarde, na adolescência, o organismo passa por mudanças, que transformam, progressivamente, a criança em um adulto. E, nesta fase, muitas vezes, se observa uma alteração no tamanho e forma do olho, e isso se reflete em mudanças pouco a pouco nos graus dos óculos. “Uma possível estabilização pode ocorrer após os 21 anos, mas apenas exames periódicos podem confirmar isso”, completa.

ACOMPANHAMENTO CONSTANTE


A pressão nos olhos é motivo de preocupação em todas as faixas etárias, mas é na idade adulta que o Glaucoma (aumento da pressão nos olhos) é mais comumente diagnosticado. Essa é a doença que mais preocupa os oftalmologistas, pois ela é silenciosa, sem manifestar sintomas. Seus déficits visuais são permanentes nos pacientes.
“A perda progressiva da visão inicia-se muitas vezes na visão periférica e os sintomas se apresentam apenas em fases avançadas da doença, quando acometem também a visão central, sendo o diagnóstico precoce essencial para o controle da doença e manutenção da boa visão”, alerta.
Doenças como diabetes e hipertensão também afetam os olhos. E, de uma forma complementar ao clínico geral, o oftalmologista pode ajudar no diagnóstico e controle destas doenças.

IDOSOS

A terceira idade é marcada pela a presença de doenças degenerativas como a catarata senil e a degeneração macular relacionada a idade (DMRI). Com o aumento da expectativa de vida da população, tem se observado um crescimento na incidência destas doenças.
“A catarata é uma das principais causas de cegueira no mundo. Entretanto, com a realização do procedimento cirúrgico conseguimos reverter esta condição, reestabelendo, integralmente, a visão dos pacientes, quando os pacientes são afetados, exclusivamente, por esta patologia. É o que chamamos de cegueira reversível”, explica.
Entretanto, outra doença degenerativa, a DMRI, afeta a retina dos idosos. Esta doença deve ser diagnosticada o mais precocemente possível para que o tratamento apresente bons resultados.
“Na DMRI, durante as consultas periódicas podemos observar sinais iniciais da doença no fundo de olho, em fases em que a visão ainda é boa. Quando diagnosticada no início, observamos os melhores resultados com o tratamento” finaliza Dr. Hélio Primiano Júnior.

Fonte: Unimed Araraquara

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